Provavelmente os marinheiros irão ser castigados por insubordinação. Mas a partir de agora, vai ser muito mais difícil aos governos e ao almirantado continuarem a "mascarar a realidade".
Porque, pior que o mau estado de uma boa parte dos navios de guerra da Marinha, é a falta de marinheiros. Cada vez se sente mais a falta de homens e mulheres nas unidades navais, colocando em risco as missões normais de defesa e fiscalização, num país com uma costa atlântica como a nossa...
E se a Saúde e a Educação podem ver parte dos seus problemas resolvidos através das parcerias público-privadas (tão desejadas pela direita...), às Forças Armadas só resta o Estado. Esse mesmo, que se tornou perito em varrer os "problemas para debaixo do tapete"...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Poucos incentivos da parte da Marinha...
ResponderEliminarAbaixo de poucos, por isso é que ninguém quer ser marinheiro, Catarina.
EliminarO Sr. almirante Gouveia e Melo disse que não pode esquecer o "ato de insubordinação" no NRP Mondego porque teve uma "gravidade muito grande". Diz mesmo que é “um acto que vai ficar registado na nossa História”.
ResponderEliminarComo ele passou pela tropa, aprendeu algumas coisas que rondam a disciplina, a pontualidade, a lealdade, a solidariedade e por isso não poderá dizer que o sr. Almirante não tem, militarmente, razão, mas será do mais elementar bom senso que diga ao ministro que o tutela, e a quem mais, que não se pode deixar que os diversos materiais de guerra das Forças Armadas, se tornem meras peças obsoletas e completamente inúteis. Porque os governos, há décadas, deixaram de, nos orçamentos, dotar as Forças Armadas das verbas necessárias para um trabalho digno e nisto teremos de incluir os aumentos salariais dos marinheiros e não as benesses atribuídas a almirantes, contra-almirantes e por aí fora.
A disciplina é essencial, sem dúvida, Sammy.
EliminarMas não se pode andar a fingir que as coisas funcionam, quando quase nada funciona. Isso só é bom para os senhores oficiais superiores, que podem continuar a brincar às guerras, sem se preocuparem com o que os rodeia, como os sargentos e as praças, que são quem tem de aguentar "os barcos"...
Muitos deles agora até se tornaram comentadores de guerra, mas nunca vão chegar aos calcanhares do Solnado...