sexta-feira, março 10, 2023

A "Caça" ao Pacheco Pereira pela dita "imprensa cor de rosa"...


Só na quarta-feira, quando almocei com dois amigos, é que tive a percepção da "caça" ao Pacheco Pereira, levada a cabo por uma parte de uma comunicação social que sempre foi mais castanha que rosa, diga-se de passagem.

Li o artigo em causa no "Público", em que Pacheco Pereira fala não só das violações  da Igreja, como também nas relações ambíguas existentes no seu seio, com a existência de "sobrinhas", "afilhadas", que vivem nas casas de alguns padres. E depois vai mais longe, alargando o leque de relações entre adultos e crianças, na própria sociedade. Normalmente também são apelidados de "afilhados". Pacheco Pereira, mesmo sem dizer o nome, dá pistas suficientes para se chegar a Marco Paulo.

O historiador deu este exemplo, por não perceber a razão, pela qual estas relações (há dezenas delas nos meios artísticos e televisivos...) nunca provocaram ondas de indignação na sociedade. São sim, muitas vezes patrocinadas pelas revistas que vivem quase num mundo paralelo, que uma boa parte das vezes, não passa de um "mundo do faz de conta". É dessa forma que é comum "inventarem" namoradas a actores ou músicos (são os mais "explorados" por este género jornalístico...), que socialmente têm receio de assumir a sua homossexualidade, por terem noção que o nosso país é tudo menos aberto neste campo...

Eu percebo a linha de defesa montada por esta imprensa e pela televisão que se alimenta de mexericos. Sempre tiveram uma posição ambígua, protegendo e fechando os olhos às tais relações, no mínimo estranhas, que Pacheco Pereira denunciou, com a coragem que o caracteriza. 

E por isso, têm de defender o "negócio" e os "marcos" que lhes abrem a porta de casa...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


6 comentários:

  1. Bom dia
    As verdades quase sempre dão grandes polémicas .

    JR

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    1. As verdades e as mentiras, Joaquim.

      Não há grande diferença.

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  2. Como não sabia quem era Pacheco Pereira e te referiste a Marco Paulo, fiz uma pequena pesquisa e encontrei este artigo com o título “Marco Paulo reage à acusação de Pacheco Pereira: “Um nojo! Um disparate! Uma mentira!”

    Na minha opinião não se aponta o dedo sem provas concretas. Pacheco Pereira terá provas. Depois a tendência de muita gente é ser maldizente e fazer as piores conjeturas.

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  3. O ponto de interrogaçāo faltou no segundo período. Uma falta gravíssima da minha parte. Pergunta retórica, é certo, mas que dá a conotaçāo que eu pretendia, :)

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    1. Infelizmente, lê-se cada vez mais na diagonal, Catarina.

      Pacheco Pereira apenas quis referir que a hipocrisia é geral, não se fica pela igreja. Deu como exemplo os artistas, que são sempre tratados com bastante benevolência, pela sociedade, não assumindo o que realmente são.

      E há vários casos de pedofilia conhecidos, gente que tal como os padres, têm "afilhados" como companhia de casa... Mas toda a gente finge que fecha os olhos...

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    2. Ah, isso eu não sabia. Se fosse nos Estados Unidos, onde os tablóides são um culto só por si (embora não sendo pragas como no Reino Unido), eles desvendariam esses casos num instantinho. :))

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