terça-feira, dezembro 13, 2022

Mais uma "Manhã Submersa"...


Depois do flagelo dos incêndios de Verão, começamos a viver, com alguma insistência (ironia das ironias, na continuação de um ano de seca extrema com as barragens quase vazias...) as cheias de Inverno, fruto de chuvas intensas. Chuvas que têm trazido à superfície as muitas insuficiências da maior área metropolitana, erguida com o pensamento direccionado no lucro fácil (inclusive das Autarquias...) e no conforto humano, ignorando as preocupações ambientais.

E depois, tal como há quem goste de viver com uma janela em cima do mar, também há quem pouco se preocupe se a sua casa foi construída em cima de uma linha de água e de um mais que provável leito de cheia.

Se nunca ligaram aos conselhos sábios de Gonçalo Ribeiro Telles, que andou anos e anos a "pregar para o deserto", de pouco vale  - aos muitos que vivem à espera de "milagres" -  pedirem ajuda a Santa Bárbara, agora que chove...

O que não deixa de ser curioso é vermos a lata de alguns autarcas, como é o caso do presidente da Câmara de Oeiras, com quase quatro décadas de poder, a aproveitar o tempo de antena televisivo que lhe dão para dizer banalidades e fingir que os problemas de Algés e do Dafundo, se devem apenas à "chuva intensa" e às "marés". Mas ali está ele (e outros eles, por esse país fora), pronto para fazer mais promessas, para somar às muitas que não cumpriu...

(Fotografia de Luís Eme - Arealva)


2 comentários:

  1. Não se devem apenas à chuva intensa mas já ouvi especialistas dizer que a chuva diluviana e o tempo de duração contribuiram muito para a catástrofe.

    Abraço

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    1. Há sempre muitas explicações e muitos adiamentos de soluções, Rosa.

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