Há muitas coisas que funcionam de forma instintiva dentro dos campos de futebol.
Por exemplo, uma das coisas que continua a fazer muita confusão às pessoas, sendo até motivo de discussão, é o facto da nossa selecção "jogar para o Ronaldo", embora esta questão faça cada vez menos sentido.
E faz cada vez menos sentido porque o Ronaldo já não "resolve" os jogos como resolvia. Os jogadores como seres pensantes (com a cabeça e os pés...) são os primeiros a aperceberem-se que as coisas já se passam de forma diferente no relvado, que ele hoje perde mais bolas é menos oportuno e falha mais golos. E de forma natural, começam a escolher novas linhas de passe e outros finalizadores, que também sabem meter a bola dentro das balizas.
Isso também irá acontecer com a Argentina, a breve trecho, onde a "messidependência" sempre foi muito maior, que a nossa "ronaldodependência". E antes aconteceu com Eusébio, Pelé, Maradona e tantos outros futebolistas que faziam magia dentro dos estádios.
Vou ainda mais longe: sempre que há um jogador que faz a diferença e consegue resolver as partidas com o seu talento natural, passar-lhe a bola, é uma forma inteligente de jogar futebol.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Boa tarde
ResponderEliminarNão é só no futebol que acontece o instinto de passar a "bola" ao que se encontra em melhores condições para resolver as dificuldades . Acontece nas famílias , nas empresas, nas religiões , etc.
Temos sempre a intenção de passar a bola a alguém que achamos que resolve os problemas, e depois se isso não acontece achamos que não somos os culpados pelo mal , ou seja já livramos a agua do nosso capote.
JR
Também, Joaquim.
EliminarÉ uma forma de não sermos os "últimos" a decidir, de deixar a responsabilidade para os outros. :)
Eu comparo uma equipa de futebol a um coro, num e noutra há solistas que fazem a diferença!
ResponderEliminarAbraço
É uma boa comparação, Rosa. :)
EliminarEu gosto é do Bernardo e não vi neste jogo! Andava lá pelo lado esquerdo do ataque a embaraçar os outros. Quem o teria mandado jogar naquela posição?
ResponderEliminarO Bernardo foi "vitima" de uma equipa que precisava de alguém para defender e pegar no jogo atrás, em mais que um jogo, Tintinaine.
EliminarNeste último jogo com a saída de Ruben Neves, teve ser ser ele a tentar "equilibrar" a equipa atrás (com toda a gente ao ataque, até os laterais). E não sofremos mais golos porque os marroquinos não são assim tão bons como os "pintam"...