Com o desporto acontecia quase o mesmo, era comum dizer-se que quem era bom de mãos e de cabeça, não sabia usar os pés. Também se demorou algum tempo a perceber que uma coisa não tinha nada a ver com a outra coisa. Embora aqui a culpa possa recair nos rapazolas, que desde a primária, só escolhiam para as suas equipas os "bom de bola", empurrando os menos afortunados para o mundo dos livros.
Eu sei que não sou o melhor exemplo, porque continuo a ser uma escritor da "terceira divisão" e embora tivesse jogado nos iniciados e juvenis do "meu" Caldas, era sobretudo um "lutador", quase capaz de pôr a cabeça onde os outros colocavam os pés. Ou seja, a técnica estava longe de ser o meu forte.
Mas o meu amigo Zeca, além de ser um escritor das "primeiras", era um artista de bola, muito ao jeito do Garrincha. Quase que tinha mais prazer em "dar baile" e "sentar" os amigos na areia (os relvados apareceram depois...), que em meter a bola dentro da baliza.
Felizmente tudo isso se foi esbatendo com o tempo. Bonitos, feios, inteligentes, burros, amarelos, azuis, todos (e todas...) podem ser "bons de bola" ou "bons de tola"...
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
Bom dia
ResponderEliminarTambém se dizia que quem fosse canhoto , era até deficiente . Hoje um bom esquerdino tem um valor acima do normal no mundo futebolístico .
JR
Exactamente, Joaquim.
EliminarO mundo já foi muito mais imperfeito...
Os meus netos não têm o mínimo gosto pelos jogos de futebol nos intervalos das aulas mas gostam de ver os jogos na televisão com o pai.
ResponderEliminarJá o pai e o tio eram completamente apaixonados pela bola.
Abraço
Mas isso deve acontecer pela sua falta de jeito, Rosa.
EliminarO meu filho nunca ligou muito ao futebol porque os pés eram alérgicos à bola. :)