Lembro-me que entre os meus 20 e 30 anos, via muito pouco televisão. Quando estava em casa ouvia música, às vezes com o som demasiado alto. Curiosamente, acho que o vizinho de baixo só me veio bater à porta uma vez, quase a querer dizer-me que não gostava da música que ouvia.
Nesses tempos, quase longínquos, passava muito tempo fora de casa. Trabalhava, fazia desporto, estudava de noite... E sempre que podia ia ao cinema. Não perdia um bom filme. E lia, lia bastante.
A televisão era um objecto que estava por ali, em cima do móvel preto... Sabia que tinha "pessoas lá dentro", mas estava longe de ser a minha companhia preferida.
Acho que nem sequer tinha grande opinião sobre o "pequeno ecrã", ao contrário do que acontece nos nossos dias. Sinto que ano após ano, é cada vez mais um depósito de "lixo", ao ponto de ter cada vez menos paciência para ouvir notícias. Eu sempre soube que quantidade nunca foi sinónimo de qualidade, mas...
Não sei ao certo se sou eu, que ano após ano me vou tornando mais exigente, ou se é mesmo o mundo à minha volta, que está a regredir.
Fartamo-nos de inventar coisas para tornar a vida mais fácil, ao mesmo tempo que destruímos outras tantas coisas, que nos deviam ser preciosas...
Somos mesmo um "bicho estranho"...
(Fotografia de Luís Eme - Arealva)
Os anos passam e vamos ficando cada vez mais exigentes... talvez porque a programação da tv vai sendo cada vez menos interessante, menos fidedigna, mais inconsequente.
ResponderEliminarDizia-me uma amiga há anos (a viver em Portugal) que os melhores programas eram depois da meia-noite. Se fossem transmitidos durante o horário nobre não haveria audiência.
Parece-me, pois, que a os canais televisivos não melhoraram por aí além desde então.
E é tudo muito igual, Catarina.
EliminarEsperam pela meia-noite, para oferecer alguma qualidade, mas só nos canais secundários...
E tanto imbecil que por ali pulula!
ResponderEliminarJá viram bem a tremenda imbecilidade daquele comentador da CMTV, Paulo Futre. Pergunto a mim mesmo mas como é que este indivíduo que calcorreou meio mundo, "conheceu" tanta gente e pode ser tão bronco tão imbecil que até mete dó (pelo menos pelo que nos é dado ver).
Até o Palmeirim do JOKER se está a transformar noutro sem graça nenhuma, num chato de primeira, um programa que tanto cativou está agora uma chatice de todo o tamanho (que já deixei de ter paciência para ver.)
Programas com interesse passam escondidos no Canal 2, RTP3, alguns na MEMÓRIA e pouco mais, mas passam incógnitos.
Há gente muito pior que o Futre, Severino.
EliminarEle tem dificuldade em exprimir-se mas é genuíno. A maior parte dos comentadores são "actores"...
Tirando uma ou outra série da RTP 2 só vejo policiais e, no actual contexto, já estou a ficar cansada.
ResponderEliminarMesmo as notícias são repetidas dias seguidos.
Não há paciência!
Abraço
Eu também é mais filmes, Rosa.
EliminarMas às tantas já não surge nada de novo...
Há umas semanas estava eu à espera de que os anúncios passassem para ter acesso a uma emissão de tv em linha e nunca mais... Queria ver o jogo da selecção e não tenho tv, assim tenho de aguentar um compasso de espera preenchido pela publicidade para ter acesso, em linha, aos programas em directo. Entenda-se que eu não vejo os anúncios, deixo-os "correr" sem som. Ia espreitando até que comecei a estranhar que os anúncios nunca mais acabassem. Liguei o som e apercebi-me de que o que estava a dar, há largos minutos já, era um programa diário (?) de televisão (tinha-me enganado na hora e o jogo era mais tarde). Eu não fui capaz de perceber que já tinha o programa no écran pois, em primeira impressão, é indistinguível dos anúncios. É preciso acrescentar alguma coisa? Por muito menos deixei de ter televisão, entretanto ela foi piorando sozinha.
ResponderEliminarHá cada vez mais publicidade dentro de tudo, até nas notícias, Miguel.
EliminarÉ o "negócio" no seu melhor. Acho que é na televisão que se vê mais gente em saldo.
Também acho que há gente muito pior que o Futre. A esse, até acho graça...
ResponderEliminarAcho que ele podia fazer um esforço para se exprimir melhor, Maria. E sim, acaba por ter graça, por não ter medo do ridículo (tal como o Jesus).
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