Sei que o Rogério é mais conhecido do grande público pelos seus inúmeros papeis em telenovelas, que pela personagem Tomás da Palma Bravo, mas este filme foi de tal forma marcante na sua carreira de actor, que ele disse que havia um antes e um depois d' "O Delfim"...
Não foi por acaso que em quarenta anos de carreira, o Rogério participou em quase meia centena de filmes, tendo trabalhado com os nossos melhores realizadores (Manoel de Oliveira, Fernando Lopes, António-Pedro Vasconcelos, João Botelho, Joaquim Leitão, José Fonseca e Costa, Luís Filipe Rocha, Margarida Cardoso, Miguel Gomes, Manuel Mozos, José Mário Grilo, José Álvaro Morais, Rosa Coutinho Cabral, Maria Medeiros, Jorge Cramez e o chileno Raoul Ruiz).
A relação que teve com Fernando Lopes foi especial (o realizador chegou a dizer que Rogério era "uma espécie de irmão das aventuras cinematográficas"...), ao ponto de ser considerado o seu "alter-ego" (participou em "Matar Saudades", 1988; "O Delfim", 2002; "Lá Fora", 2004; "88 Octanas", 2006 e "Os Sorrisos do Destino", 2009). Curiosamente, até fez mais filmes com o Mestre Manoel de Oliveira, embora com menos destaque ("O Sapato de Cetim, 1985; "Os Canibais", 1988; "A Caixa", 1994; "Party", 1996; "Palavra e Utopia", 2000; "Porto da Minha Infância", 2002; "Quinto Império", 2004 e "Singularidades de uma Rapariga Loura", 2009).
Esta minha homenagem a Rogério Samora começa e acaba com o cinema, porque, mesmo sem termos uma "indústria de cinema", o Rogério teve uma relação especial com as câmaras e com a Sétima Arte e ficará com toda a certeza como um dos grandes actores da história do nosso cinema.
(Fotografia de autor desconhecido)
Boa tarde
ResponderEliminarAproveito as suas últimas palavras.
Foi Um dos grandes atores da história do nosso cinema.
JR
Confesso que não acompanhei a carreira deste ator. Para mim, era só um homem bonito 😊
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