É o que diz a mulher do prédio da frente, que passa a vida à janela e adora conversar com quem passa. Posso acrescentar que conhece toda a vizinhança e sabe coisas como quantos autocarros passam pela rua de baixo e com que atrasos costumam circular.
O problema é a cabine estar avariada há mais de uma dúzia de anos. Nunca a devem ter tirado dali porque pensam que preenche o imaginário dos turistas e por isso é tão fotografada e visitada.
Ninguém acreditou muito naquela história, mas o Tiago acrescentou que «se tiveres imaginação, isso é o menos importante.» Adiantou que podia escrever uma peça, só com uma cabine telefónica e uma personagem.
Olhámos uns para os outros e sorrimos. Só podia ser uma coisa quase parecida com o surrealismo. Foi por isso que a Alice disse que era boa ideia colocar ali o Cesariny a fazer telefonemas poéticos para o António Maria Lisboa e para outros amigos que agora deviam ser nuvens.
(Fotografia de Luís Eme - Algarve)
Uma excelente ideia!
ResponderEliminarAbraço
Pois é, Rosa. :)
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