Desde pequeno que falo e penso alto.
Nunca entendi a coisa como algo de muito "anormal" ou de singular... Mas sei que tanto pode ser analisado como um mau hábito adquirido cedo (no meu caso particular...), ou uma anomalia qualquer, um problema de parafusos, com mais ou menos aperto.
Acho a coisa tão normal que raramente penso no assunto, muito menos escrevo. Mas ontem, ao fazer o que faço todos os dias assim que saio de casa, fiquei a pensar.
Atravessei o campo aberto que além de parque de estacionamento, é o meu "corta-caminho", que me ajuda a aproximar do centro da cidade, sem gastar toda a borracha dos ténis. E como de costume, vinha a conversar com os meus botões. Uns metros mais à frente fui surpreendido pelo ruído de um casal jovem, que acabara de sair de dentro do carro. Quando olhei para trás vi-os a sorrir. Continuei, sem perceber muito bem qual era a piada. Só uns metros mais à frente é que percebi que fora o meu "monólogo", que os ligara à terra...
Acabei por sorrir também, só para mim, ao pensar que a minha passagem sonora os fez pensar que estavam na presença de mais um dos muitos "maluquinhos de Almada".
Quase que me apetece dizer: são estas pequenas alegrias, que fazem com que valha a pena andar a falar sozinho pelas ruas da cidade.
(Fotografia de Luís Eme)
se os fizeste sorrir, ganhaste o dia. :)
ResponderEliminarParece que sim, Maria. :)
EliminarPorque será que não me surpreendo? Pois. é. Embora não seja um hábito diário às vezes também dou comigo a falar com os meus botões.
ResponderEliminarAbraço e bom fim de semana.
Acho que estou tão habituado a isso, que é normal, Elvira. :)
EliminarLuís, já tenho pensado que agora é mais difícil detectar quem fala sozinho. Já tenho pensado que alguém está a fazê-lo e na volta fala para um fio que liga a um aparelho... Uma mania que anda muito na berra :)
ResponderEliminarMas nesses casos as pessoas falam alto, Isabel.
EliminarNo meu caso quase que sussurro. :)