Nós que vivemos em pequenos apartamentos, guardamos muitas vezes coisas que, além de "sobrarem", ocupam demasiado espaço e... inevitavelmente, passados tempos, acabamos por "esquecer" a sua existência. E não falo apenas de livros...
O que seria de nós se tivéssemos uma grande herdade, com dois ou três armazéns enormes, capazes de guardar coisa como um "carrossel mágico" ou até uma "montanha russa"...
Não pensem que exagero. Um homem recentemente falecido, tinha um armazém que era o seu espaço de sonhos e de alguma magia, onde ia acumulando coisas de que gostava e comprava em feiras de velharias, quase sempre para recuperar, mas o maldito tempo, o seu "principal inimigo", nunca lhe deu tréguas.
Dos seus quatro filhos apenas a Margarida sabia deste passatempo do pai, porque o acompanhara mais que uma vez a estas feiras, que misturam memórias com objectos. Mas estava longe de imaginar o que iria encontrar dentro de um dos armazém da quinta...
Sabiam apenas que o outro armazém tinha umas duas dúzias de carros (o pai nunca se desfizera de nenhum carro da família, havia um mercedes dos anos cinquenta que fora do avô, mas também uma charrete de luxo que vinha do século dezanove, que ninguém sabia ao certo a origem...), porque os irmãos desde pequenos que gostavam de passar por lá e brincar às escondidas do pai. Agora o outro, só ganhou forma depois de 1974. O pai começou por guardar peças de trabalho da lavoura, entretanto substituídas por máquinas... mas quando deu por ela, tinha um verdadeiro "museu" de relíquias...
Sabiam apenas que o outro armazém tinha umas duas dúzias de carros (o pai nunca se desfizera de nenhum carro da família, havia um mercedes dos anos cinquenta que fora do avô, mas também uma charrete de luxo que vinha do século dezanove, que ninguém sabia ao certo a origem...), porque os irmãos desde pequenos que gostavam de passar por lá e brincar às escondidas do pai. Agora o outro, só ganhou forma depois de 1974. O pai começou por guardar peças de trabalho da lavoura, entretanto substituídas por máquinas... mas quando deu por ela, tinha um verdadeiro "museu" de relíquias...
Toda esta conversa, porque de todos estes objectos, há um que acaba por ser especial e do qual já falei: o carrossel mágico, que quase lhe foi oferecido, por estar a ocupar demasiado espaço na família de um antigo feirante. Ele sempre pensou em recuperá-lo. É quase todo feito em madeira e ainda sobressaem algumas cores decorativas, especialmente as dos animais (zebras, girafas, cavalos, tigres, etc,) da selva.
E agora esta recuperação passou a ser o sonho do Miguel (filho da Margarida...). Está apostado em tornar real a vontade do avô...
(Fotografia de Luís Eme - foi o que encontrei mais parecido com um "carrossel mágico", embora este seja quase moderno)
E quantas vezes guardamos algo tão bem que nunca mais a encontramos...
ResponderEliminarEsse é outro problema, ainda pior, Severino. :)
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