Acho que já quase toda a gente percebeu que não se lê menos que no século passado, lê-se sim de uma outra forma.
É o tempo do efémero, do curto, do pequeno, do banal, do suave e de outras tantas ligeirezas.
A forma de comunicar é diferente. A China ou a Austrália estão logo ali ao virar da esquina (deste que a "net" que usamos não seja da "idade da pedra"...). A velocidade com que giramos pelo mundo é tal que vamos encurtando palavras, frases e textos.
Isso explica em parte que as pequenas frases estejam a "ganhar" às crónicas, aos contos, aos romances e ensaios...
Mas não se lê menos. Lê-se de uma forma diferente. Lê-se mais dentro das "máquinas" e menos dentro dos jornais e livros...
(Fotografias de Luís Eme)
Bravo!
ResponderEliminarAcrescentaria que no tempo do efémero ler livros com mais de 200-300 páginas é uma proposta de risco, sobretudo se estivermos a falar de obras ainda por consagrar.
Na perspetiva de um aspirante a escritor (mesmo que na blogosfera), roubar tempo ao leitor na era do "tempo do efémero" é uma espécie de pecado capital. Por isso, há que dimensionar bem um livro ou texto, sob pena de ser o último que o leitor lerá desse autor.
A este respeito não há quem possa bater Machado de Assis em "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (leitura pessoal recente), onde o autor se dá ao luxo de privar o leitor de ler um novo capítulo (deixando-o em branco) cujo título basta para se perceber o avanço que se quer dar à história.
Cumprimentos blogosféricos,
Marcelo Melo
Eu leio na Internet. Ainda recentemente li o novo livro de Carlos Alberto Correia "Momentos para inventar o amor" em e-book, mas porque ele não existe em papel. Continuo a preferir os livros.
ResponderEliminarAbraço
Só hoje vi este comentário. O autor agradece e promete, mais tarde ou mais cedo, fazer sair uma edição em papel.
ResponderEliminarCarlos Alberto Correia