Claro que sei que sempre houve livros e filmes a caírem para o lado do "auto-elogio", mas também sei que todos eles acabavam por ser uma "nódoa" artística para os seus autores. Num tempo em que existiam críticos...
Embora não tenha conhecido o país antes de Abril (pelo menos não o olhava com olhos de ver...), penso que tanto o salazarismo como o marcelismo fomentavam - de uma forma exagerada - a sobriedade na sociedade (até nas cores das roupas que se vestiam...).
Mesmo o jornalismo televisivo era obrigado a alguma contenção (o que devia irritar uma série de gente vaidosa. esses mesmo, que se achavam os melhores da rua deles e apareciam nas páginas da "Plateia"...).
Até que tudo mudou na nossa "caixa mágica"...
Até que tudo mudou na nossa "caixa mágica"...
Apesar das mil e uma coisa positivas que nos trouxeram as televisões privadas (olá liberdade...), o foco das minhas palavras é o "auto-elogio", que só começou a ser fomentado de uma forma patética, com o aparecimento da SIC e da TVI. Foi nestas estações que as pessoas começaram a aparecer no ecrã a disser de uma forma despudorada (e muitas vezes mentirosa...) que a "galinha delas era melhor que a da vizinha", ou ainda pior: "eu sou bom, tão bom, tão bom...", (quase a olharem-se ao espelho da madrasta da "Gata Borralheira"). E a "feira de vaidades" nunca mais parou...
Infelizmente foi influenciando toda a sociedade, que de uma forma geral, se acha melhor do que realmente é...
(Fotografia de Luís Eme)
Eu também entendo que este país se transformou numa feira de vaidades em quase tudo…
ResponderEliminarUma boa semana, Luís.
Um abraço.
Sim, em praticamente tudo, Graça...
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