Conversa acalorada, com os cinismos, as hipocrisias, e os egoísmos a saltaram para a mesa, com a ligeireza de heróis da Olímpia.
Durante cinco minutos ninguém se entendeu. Foi o bom tempo dos atropelos, de falarmos todos quase ao mesmo tempo.
Em todos os grupos há sempre alguém que fala pouco e que quando abre a boca diz quase sempre coisas "filosóficas". O Arenga é um bocado assim.
Quando disse: «É normal que os interesse particulares se sobreponham aos colectivos. Somos mais ilhas que continentes...»
Ficámos calados a olhar uns para os outros, quase com uma fita métrica, a medir o alcance da frase do nosso "escutador-mor".
Depois sorrimos, sem palavras.
(Fotografia de Luís Eme)
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