Estávamos em casa quando ouvimos a sirene dos bombeiros de Cacilhas a tocar. Passado alguns minutos voltámos a ouvir aquele som estridente. O meu filho disse que há muito tempo que não ouvia "aquela música" seguida.
E depois acabámos por conversar sobre o provável fogo ou acidente, que deveria ser grande. E também sobre o profissionalização dos bombeiros, que faz com normalmente tenham homens suficientes no quartel, sem precisarem de ligar o tradicional som de "chamamento" dos voluntários...
Graças àquele episódio acabei por viajar no tempo e contar-lhe as minhas imagens de criança dos bombeiros...
Era pequeno - ainda nem sequer andava na escola primária - e costumava ir diariamente com à minha mãe, de mão dada, às compras à Praça da Fruta das Caldas.
Quando ouvia a sirene e estávamos perto do quartel dos Bombeiros (à época no centro da cidade...), quase que a obrigava a levar-me até lá, para ver os carros de bombeiros a saírem, apressadamente, com os seus habituais sons de alarme.
Pelo caminho era normal cruzar-me com alguns bombeiros, uns a correr, outros de bicicleta, na direcção do quartel, para mais uma aventura, em defesa da comunidade.
E depois era ver os carros a abandonarem o quartel, rapidamente, enchendo a cidade de sirenes, com os bombeiros pendurados de qualquer maneira, uns já fardados e outros ainda a mudar de farpela...
(Fotografia de Luís Eme)
Tenho a mesma imagem - dos Bombeiros de Sintra. Grande parte dos miúdos do meu tempo começavam por desejar serem bombeiros quando fossem grandes...
ResponderEliminarToda aquela azáfama era um fascínio, Graça.
EliminarCuriosamente, nunca quis ser bombeiro.