No domingo de manhã o Ginjal estava cheio de pescadores (sem contar com o concurso de pesca do "Liberdade"...). Mesmo o Rio estava com mais pequenas embarcações do que é normal, lá para o meio. Provavelmente era dia de "peixe"...
Fui andando e já no cais do Olho de Boi deparei com uma cena digna de ser filmada. Um casal de meia idade estava à pesca e quando passei o homem estava entretido a "limpar" a beira do cais. Ia chamando nomes aos colegas que deixavam por ali bocados de trapos velhos, garrafas e sapos de plástico, ao mesmo tempo que ia empurrando o lixo com as botas, para as águas do Tejo.
Estive quase tentado a chamar-lhe a atenção, mas não quis estragar o passeio da manhã. Limitei-me a abanar a cabeça, sem deixar de sentir o olhar desconfiado da mulher do pescador cravado no meu rosto (não sei quem são, nem se pagam alguma renda para estarem ali, sei apenas que agem como se as imediações da antiga fábrica da Companhia Portuguesa de Pesca fossem sua propriedade).
Embora esteja longe de ser inédito, não gostei nada de ver mais um elemento da "tribo" - que devia estar na primeira fila para proteger o Rio -, a contribuir para a sua transformação em "esgoto"...
(Fotografia de Luís Eme)
Proteger os rios devia ser tarefa de todos nós...
ResponderEliminarUma boa semana, Luís.
Um abraço.
É verdade, Graça.
EliminarE sobretudo de quem se alimenta dele...
Falta de consciência amigo.
ResponderEliminarAbraço
Não sei se é apenas falta consciência, Elvira.
EliminarAcho que é mais falta de civismo e egoísmo.