terça-feira, outubro 10, 2017

«E as conversas das mulheres? Eram iguais às cantigas do Quim Barreiros, mas em pior. Muito me ri.»

Não sei se é verdade, mas parece-me que as raparigas falam muito mais que os rapazes.

Claro que a minha "estatística" é falível, resume-se ao facto de passar todos os dias em frente a uma escola secundária e alguns passeios a caminho da minha casa serem aproveitado como recreio e espaços de evasão (e para fumar umas "brocas"...). Pode ser um problema de ouvidos, mas quase que só ouço vozes femininas a falar, para aqui e para ali.

Mesmo quando ouço um "foda-se" ou um "caralho" é quase sempre dito por uma miúda, que finjo ser parecido com um "bom dia" ou "boa tarde". 

Foi ainda neste registo, que acabei a escutar uma moçoila, divertida, a contar as suas aventuras da apanha da fruta no Oeste, na paragem do metro.

Quase que também me ria, quando ela se saiu com esta: «E as conversas das mulheres? Eram iguais às cantigas do Quim Barreiros, mas em pior. Muito me ri.»

(Fotografia de Luís Eme)

4 comentários:

  1. Luís, embora não seja o meu caso porque digo pouquíssimas palavras no dia-a-dia normal, julgo que há o hábito de as mulheres falarem mais.

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  2. Num tempo em que tudo exige uma oficialmente forma explicação cientifica, não posso afirmar pessoalmente que essa é a norma geral, mas por experiência pessoal própria, inclusive tendo crescido maioritariamente entre mulheres e mas não só por isso, afirmo da minha perspectiva que com ressalva das dividas excepções num sentido e noutro (feminino e masculino) em regra as mulheres falam mais que os homens.
    Que quanto ao palavreado utilizado, se há umas décadas atrás praticamente só os homens diziam palavrões, já ao nível da juventude actual parece-me que o género feminino começa a equivaler-se ou mesmo a suplantar o género masculino, sendo inclusive que o fazem cada vez mais despudoradamente em público, ainda bem recentemente próximo de uma escola caminhava um grupo de quatro jovens raparigas e no espaço duns trinta ou quarenta metros e de quiçá menos dum minuto proferiram vários palavrões, perecendo-me até que seriam algo indispensável a algum novo tipo de linguagem _ quiçá derivado do mais recente acordo ortográfico :)
    No caso tudo muito bem resumido por este pequeno-grande texto do caro Luís _ que de resto eu escrevi e estou ainda a escrever (quase) tanto, para eventualmente dizer menos ou a mesma coisa só que de forma diferente e menos interessante! :/
    Cumprimentos

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    1. Não precisamos da "ciência" pata termos opinião, Vitor. Até porque o erro faz parte da nossa essência humana.

      Mas que elas falam mais, falam, e agora em pior, com mais alhos e bugalhos. :)

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