A idade, embora nos vá roubando coisas, ano após ano, também nos vai dando algo para a troca. Uma das coisas que noto é a forma como nos vamos tornando selectivos, pelo menos em relação ao que de facto gostamos, talvez por termos mais consciência das nossas limitações.
Ao afastarmos do acessório, para nos focarmos no que consideramos realmente importante, não só sabemos que não vamos durar sempre, como sabemos melhor o que realmente nos dá prazer.
De repente a quantidade torna-se uma mera contabilidade matemática. E a qualidade supera-a em tudo...
E nem vale a pena falar de uma coisa tão simples como a amizade, da importância que damos a um amigo de corpo inteiro, ao ponto de não o trocarmos pelo tal "milhão" que pode estar na montra do facebook. Mas esta "contabilidade" serve mesmo para tudo.
Coisas tão simples como um livro, um filme, uma peça de teatro, um concerto ou uma exposição, são escolhidos cada vez em função de um gosto que refinou...
(Fotografia de Luís Eme)
Luís, julgo que a consciência da finitude também tem muita culpa nisto. (Sim, está associada à idade.)
ResponderEliminarMuita mesmo, Isabel. :)
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