Nunca percebi muito bem o porquê, dos governantes do "bloco central" - mesmo sabendo que sempre foram bons a "destruir coisas" - decidirem acabar com serviço militar obrigatório, essa coisa chata, que "irritava" os meninos das juventudes partidárias, talvez por serem obrigados a sentir (pelo menos na recruta...), que eram quase iguais aos outros. Aliás, acho mesmo que aquele era o único sítio onde poderiam experimentar, muito suavemente, o que é ser cidadão da Coreia do Norte (pelo menos no corte de cabelo, no uso da farda e no tratamento pessoal...).
Graças a eles, agora os jovens passam de adolescentes a adultos sem experimentarem, pelo menos uma vez na vida, que têm de obedecer a horários e a regras, e que a graça de um espertinho pode dar direito a um castigo colectivo, reforçando mais uma coisa em desuso, que se chama "espírito de corpo", que na actualidade só poderá ser vivida na prática de desportos colectivos, onde a equipa é (ou pelo menos deve ser...) sempre mais importante que a "vedeta", que troca os olhos ao adversário.
E mais uma vez comecei a escrever e fui-me "perdendo"...
Quando pensei neste título queria escrever sobre a dignidade, o carácter, a sensibilidade e a honra (a autêntica, aquela que vive fora dos discursos...), que não são atributos da esquerda ou da direita, muito menos dos católicos ou dos muçulmanos. Está acima de todos os credos (ou pelo menos devia estar...).
O que eu queria mesmo era valorizar o exemplo militar, do tal espírito de corpo (mesmo que possa ser uma ilusão...), da importância que é darem-nos uma pedra, para sabermos qual é a nossa mão direita e a esquerda, para não andarmos de passo trocado. Era algo que nos iria servir para a vida toda. Só que nestes tempos, ninguém quer saber dessas coisas "chatas"...
(Fotografia de Johua Benoliel - o primeiro fotojornalista português)
Como eu entendo estas palavras.
ResponderEliminarPlenamente de acordo com esta mensagem.
Todas as facilidades não nos preparam para a vida difícil, como sugeria o Professor João lobo Antunes: a escola fácil não nos prepara para a vida difícil.
Há pequenas coisas que têm uma importância decisiva na vida de cada um de nós, Severino.
EliminarFala-se muito da educação em casa, mas esta é insuficiente, se o mundo de fora for uma "selva", onde ninguém respeita ninguém. Às tantas até nos questionamos se estamos a oferecer os valores certos aos nossos filhos...
Lembro-me que a minha avó dizia que um homem só o era verdadeiramente depois de ter ido à tropa. Se calhar é por isso que hoje andam por aí tantos que de homens só têm o registo de nascimento.
ResponderEliminarUm abraço
Á margem. Ontem andei pela "sua" Almada. Encontrei om moral que já fotografou, passei pala Incrível, fotografei um mural ao lado da placa que lembra Romeu Correia, enfim, lembrei de si, da Mariazita e do meu amigo Luís Maçarico, todos residentes nessa bela cidade
Não vou tão longe, Elvira.
EliminarMas faz algumas diferenças, vivem-se coisas só naquele tempo...
Espero que tenha gostado de passar por Almada, Elvira, e que tenha sido bem recebida.
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