Hoje acabei por parar uns bons minutos na esplanada da "Rifera", do bom do Fernando, para beber um café e ficar a conversar com o Carlos Durão, que tem uma peculiaridade especial, quando lhe fazemos uma pergunta ele oferece-nos quase sempre várias respostas, indo buscar sempre mais pessoas e lugares, graças à sua "memória de elefante".
Falámos sobre Cacilhas e o Romeu Correia acabou por vir à baila, porque sabia que o Carlos me podia dizer algo que desconhecia... E disse mesmo. Primeiro começou por me falar do Arrobas do seu seu filho Gregório, grande futebolista do Sporting e do Atlético, depois lá veio a surpresa...
Quando o Carlos resolveu transformar a "Fonte da Alegria" (que pertencia à família) no restaurante e snack-bar mais moderno de Cacilhas, "O Farol" (que continua bem vivo e a manter o mesmo nome, logo à saída dos cacilheiros, na esquina, entre o Largo de Cacilhas e o começo do Cais do Ginjal), em Abril de 1961, recordou que nos dias de nevoeiro passou a ter um cliente habitual logo pela manhã, que aproveitava a quase paragem da circulação dos transportes fluviais, devido à falta de visibilidade no Tejo, para ficar numa das mesas de "O Farol", a escrever as suas histórias, provavelmente desejoso de que o nevoeiro se mantivesse pela manhã fora...
E esta? Acabei por descobrir mais um café onde o Romeu escreveu...
(Fotografia de autor desconhecido)
Quando criança vivi em Cacilhas; depois de África, retornei a Almada. Agora, embora longe, "volto" vezes sem conta - grato pelas memórias.
ResponderEliminarAinda bem, Carlos.
EliminarAlmada é uma terra especial.