Não posso dizer isto muito alto, mas quando estou sozinho no café é quando me surgem mais ideias para escrever. Espero que os meus amigos não fiquem muito chateados, mas é verdade. As conversas dão lugar a uma atenção visual diferente, sobre tudo o que nos rodeia.
Foi por isso que escrevi matéria suficiente para ser publicada por aqui no "Largo" durante quase uma semana.
Às vezes basta um penteado. como o da mulher jovem com o cabelo mais vermelho que ruivo, para viajar no tempo... ou a conversa gestual da sua companheira de mesa, com a boina de xadrez.
Normalmente olho para todos os lados com olhos de ver. Não tenho a arte das mulheres, que são capazes de nos verem sem olhar (é mesmo uma arte...). Sei que me vêem escrever no pequeno bloco que me acompanha (ou nos guardanapos-bíblia, quando finjo que não venho preparado para escrever...), mas ao que parece ninguém acha que isso seja uma "anormalidade", pois ninguém olha para mim como se fosse um "fenómeno do entroncamento".
E se olhassem, não seria por isso que deixaria de escrever, embora tenha a percepção de que muita gente não quer protagonista de nenhuma história, sem saber...
E se olhassem, não seria por isso que deixaria de escrever, embora tenha a percepção de que muita gente não quer protagonista de nenhuma história, sem saber...
(Fotografia de Luís Eme)
escrever é um acto solitário, por isso tens toda a razão e ninguém levará a mal.
ResponderEliminarboa semana.
beijo
:)
Claro que não Piedade. :)
EliminarPara quem gosta de escrever, em qualquer lugar lhe podem surgir ideias, talvez até mais quando são locais mais movimentados, pelas possibilidades de 'motivos'.
ResponderEliminarPor vezes, também escrevo no café, mas percebo que sou notada por isso. Aliás, percebo que quase sempre que escrevo num local público sou notada.
Sim, Isabel.
EliminarO movimento trás sempre ideias, personagens. :)
Nem sempre percebo, nem sempre ligo...