Ela fingia-se distraída, como medo de aceitar desafios que a deixavam a caminho da loucura.
Ele insistia: «Então, sempre podemos fugir a fingir só por uma manhã?»
Sem esperar por resposta continuou: «Até podes levar uma mala e fingir que o mundo abriu todas as portas para nós e que convidou o vento a dar-nos um empurrão dos bons. Queres?»
Ela sorriu. E voltou a sorrir. Ele não se fez desentendido.
«Eu sei, um sorriso como resposta é quase um não.»
Ela continuou a sorrir perigosamente e ele sem dar parte fraca disse-lhe:
«Está bem, ganhaste, vou sozinho. Mas vou fingir o tempo todo que estás no lado do pendura. Só preciso de gravar o teu sorriso, para me fazer companhia, enquanto finjo que vou fugir deste mundo cabrão...»
(Fotografia de Antanas Sutkus)
A foto é impressionante!
ResponderEliminarSabendo que a cabeça é a parte mais pesada do corpo, aliada ao tronco nessa posição, a senhora estatelar-se-ia de imediato lá em baixo.
Vou fingir que se trata de uma janela de um rés-do chão...:)
Depende. Pode (e deve) estar segura por alguém, Janita. :)
EliminarA foto é espectacular. Seria um bocadinho melhor se não fosse visível o pé de quem está a segurar a senhora.
ResponderEliminarUm abraço
Mas o "pé" é o cinto de segurança, Elvira. :)
EliminarTudo, tudo espectacular!
ResponderEliminarGrato, SEverino. :)
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