quarta-feira, fevereiro 17, 2016

Dilemas Humanos...

Quando se nasce perto do mar ou de um rio largo como o Tejo, é quase incompreensível não se saber nadar, até por uma questão de sobrevivência.

Sim, sobrevivência. Sempre me pareceu estranha a versão de que muitos pescadores preferiam não saber nadar, para em caso de naufrágio, sofrerem menos. Podem sofrer menos, mas dificilmente sobrevivem, pelo menos quando se estabelece uma comparação com os seus companheiros que sabem nadar.

Mas quem nasce a centenas de quilómetros do mar e apenas com ribeiros por perto, pode mesmo chegar à idade adulta sem saber nadar. Com algum jeito, é possível esconder esta limitação, fingindo por exemplo não gostar dos banhos de mar, por causa das ondas e da temperatura da água.

Andar de bicicleta é quase a mesma coisa...

Estou a escrever porque houve alguém que me perguntou: «Se eu te dissesse que não sabia nadar nem andar de bicicleta, o que é que chamavas?»

Claro que a primeira palavra que me surgiu foi mentirosa...

Mesmo sabendo que se pode viver sem problemas de maior, pois nadar ou andar de bicicleta estão longe de ser coisas essenciais no nosso dia a dia citadino.

(Óleo de Pino)

13 comentários:

  1. nadar eu sei ;) mas andar de bicicleta não...:(
    beijo

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    1. Temos a mania que há um tempo para aprender isto e aquilo, Piedade.

      Mas é mentira, podemos aprender quase tudo, sempre.

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    1. Pois, achei que esta mulher estava com um dilema, Piedade. :)

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  3. Luís, não me ocorreria dizer "mentirosa", pois tenho a sensação de que existe um número considerável de pessoas, sobretudo de uma determinada faixa etária, que não sabe nadar nem andar de bicicleta.
    Belo quadro!

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    1. Mas eu pensei logo (sem pensar muito), apenas numa palavra, Isabel. :)

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  4. Gostei muito do tom realista deste texto.
    Há coisas que se aprendem na infância, ou nunca mais se aprendem. Pelo menos com a mesma profundidade e valência.
    Quando vi o mar pela primeira vez já tinha doze anos de idade. Aprendi a nadar já na idade adulta, mas o meu medo das águas profundas não me deixa ir além das zonas em que tenho pé. Mesmo que esteja a nadar numa piscina.

    Também aprendi a andar de bicicleta quando andava na casa dos vinte anos. Há pouco tempo peguei numa e não me consegui equilibrar.
    Quem disse que andar de bicicleta nunca se esquece...? :)

    A tela é lindíssima! Muito feliz escolha.

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    1. A Janita é um bom exemplo de que se pode aprender a nadar e a andar de bicicleta já grandes.:)

      Claro que não se desaprende, mas o treino é fundamental. :)

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  5. Apesar de não os comentar a todos, actualizei as leituras.
    Eu sei nadar, mas nunca andei de bicicleta a não ser de pendura com o pai. O meu pai ensinou os três filhos a nadar. Ainda assim minha irmã ia morrendo afogada no Vouga, quando foi andar de barco com os primos e eles viraram o barco.
    Gostei muito desta imagem.
    Um abraço e uma boa semana

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    1. Da geração da Elvira deve haver muitas mulheres que não sabem andar de bicicleta...

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  6. Eu não sei andar de bicicleta e entro em pânico se ficar sem pé, na água. E sou da aldeia, criada perto de um rio.

    Sou uma totó!

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    1. O rio da tua aldeia deve ser baixinho, Carla.

      E as ruas devem ter muitas subidas e descidas. :)

      E não és essa coisa que disseste, de certeza.

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    2. É o Mondego, quase antes de chegar à Foz. :)
      Sim, é sempre a subir e a descer, que eu moro do lado montanhoso do rio.

      Oh, claro que sou! E das grandes. :)

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