Das coisas que me fazem mais confusão no nosso dia a dia é ver tantas pessoas, que escolheram como opção de vida funções em que são escrutinados diariamente (ou pelo menos deviam ser...), conviverem mal com as opiniões menos favoráveis.
Podia falar de Alberto João Jardim, Cavaco Silva, José Sócrates, Pedro Passos Coelho, Rui Rio, Paulo Portas, entre várias sumidades do nosso burgo, que nunca se enganam e julgam estar acima de qualquer crítica.
Quando eles têm boa imprensa corre tudo sobre rodas, agora quando começam a dar "tiros nos pés" e tornam o fácil difícil, obrigando os jornalistas a fazerem o seu trabalho, é natural que as peças publicadas em jornais ou editadas na televisão comecem a roubar-lhes o sorriso. Mas raramente enfrentam os autores das notícias, preferem antes mandar recados para as respectivas direcções, a quem dão mostras do seu descontentamento.
É por isso que a reacção de António Costa (que respondeu a a um artigo de opinião menos favorável ao PS de João Vieira Pereira, publicado no caderno de economia do "Expresso" da semana passada, através de um SMS pessoal...), é completamente anormal.
O mais curioso é que João Vieira Pereira na sua coluna não fala uma única vez em António Costa, critica sim as propostas apresentadas pelos economistas do PS.
Quarenta e um anos de Abril, uma boa parte dos políticos portugueses, da direita à esquerda, ainda não perceberam o que é a Liberdade de Expressão. Gostam muito de se intitularem como democratas, mas são incapazes de aceitar as opiniões dos outros, se estas forem contrárias às suas...
O óleo é de Gustav Cailebotte (porque quem anda à chuva sujeita-se sempre a levar com uns salpicos...).
Quando toca a criticas todos esquecem a democracia.
ResponderEliminarPeço desculpa pela ausência, este ano começou muito mal para mim a nível de saúde. Um abraço e bom fim de semana
Tudo de bom, Elvira.
ResponderEliminarabraço