Os cafés continuam a ser lugares únicos, pelo menos aqueles que se tornam "nossos", com o passar dos anos.
Eu tenho um destes espaços, que frequento há mais de vinte anos e que já teve pelo menos quatro gerências diferentes, e claro, dezenas de funcionários. O único que tem resistido a todo este tempo é o Manuel, a quem não preciso de pedir o café...
Apesar das mesas não serem as mesmas, assim como a decoração, as memórias permanecem vivas, de tantas conversas, tantos olhares, tantos sorrisos e também algumas discussões. Um café que se preze, aguenta tudo.
O mais curioso é este lugar também se confundir com um "escritório", ou seja, é um dos meus pontos de encontro para tratar de vários assuntos, inclusive livros que estão na forja e outros projectos culturais.
Também tenho escrito muito neste meu café, especialmente quando estou sozinho. Há sempre ideias a aparecerem do "tudo" que normalmente chamamos "nada"...
Como já não é a primeira vez que falo deste lugar, já devem ter percebido que falo do "Repuxo", na praça Gil Vicente, em Almada, que até já foi inspiração para a capa de um dos meus livros (da autoria de Mário Nery) e de um dos contos...
É bom que haja um lugar assim com o qual nos identificamos.
ResponderEliminarUm abraço e um excelente ano
há vários "santuários" por aí, Elvira. felizmente, a maior parte está liberta do mundo das religiões...
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