Embora possa ser injusto atribuir todas as culpas à ministra em exercício, se o seu mandato fosse exercido com demagogia a menos e competência a mais, talvez as coisas não tivessem piorado tanto no último ano (embora o PSD insista no seu contrário...). A sua primeira preocupação foi "provocar" a demissão do director geral, Fernando Araújo, com quem tinha tido problemas anteriores enquanto administradora hospitalar, e não dialogar com ele e tentar aproveitar o que se estava a fazer de positivo no sector.
É por isso que, quando se diz que o seu papel enquanto ministra é "destruir o Serviço Nacional de Saúde e entregar de mão beijada os serviços mais lucrativos ao sector privado", poderá ser exagerado, mas...
Mas a realidade é o que é, e os hospitais e clínicas dos dois principais grupos privados da saúde, continuam a crescer, de Norte a Sul. Ao mesmo tempo que os meios do SNS continuam a ser escassos, com muitas das nossas urgências a fecharem aos fins de semana, com o argumento da falta de médicos.
É muito estranho que este problema se tenha agravado nos últimos anos e que a própria profissão de médico, tenha passado, aparentemente, a ser um serviço público normal, como se fosse um simples trabalho "das nove às cinco"...
E se é verdade que nunca se gastou tanto dinheiro na saúde como na actualidade (sem que se nota qualquer melhoria nos serviços...), é óbvio que terá de existir muita incompetência e desperdício de meios, tanto no Ministério da Saúde como nas administrações hospitalares. Graças aos nossos dois maiores partidos...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
É uma absoluta vergonha a destruição (com pezinhos de lã) que se está a fazer do nosso Serviço Nacional de Saúde.
ResponderEliminarAcordem portugueses que os vampiros aí estão com toda a força.
Ouvirmos a ministra a falar, ainda torna tudo mais confrangedor, Severino.
EliminarA senhora parece estar convencida que está a prestar um grande serviço ao país...
Ainda hoje perante alguém que clamava contra os imigrantes eu disse que a minha preocupação estava com os problemas na área da Saúde, da Educação, da Habitação e até dá Justiça.
ResponderEliminarClaro que fico como Sto. António a pregar aos peixes!
Abraço
É isso mesmo, Rosa.
EliminarClaro que há problemas com a emigração, mas não são os mais graves do país.
Percebe-se que há gente a mais e casas a menos, pelo menos em Lisboa e no Porto.
Mas quem chega é necessário, a hotelaria e a gastronomia dão emprego a milhares de emigrantes, porque o turismo continua a crescer... E é preciso dizer que os patrões preferem gente de fora a portugueses, porque além de lhes pagarem pior, obrigam-nos a trabalhar mais horas...