sábado, julho 12, 2025

Há mudanças de ciclo que não têm de passar pela mudança de treinadores


A selecção feminina de futebol com alguma sorte (às vezes, muita...), foi ultrapassando metas, cedo demais, ao ponto de algumas pessoas já pensarem que estavam quase ao lado das melhores equipas do mundo, e que dentro de pouco tempo, até poderíamos disputar títulos.

Só que os "quase milagres", são sempre enganadores... 

Basta olhar para o panorama futebolístico nacional, onde o futebol feminino, ainda esta longe de ser uma realidade de Norte a Sul, com um campo de recrutamento demasiado escasso a nível clubístico e associativo. 

A aposta da Federação no futebol feminino, com um profissionalismo digno de destaque, próximo das melhores selecções, acabou por dar uma perspectiva errada do futebol feminino no nosso país.

E tudo isto graças a Mónica Jorge e à equipa técnica comandada por Francisco Neto.

Agora o normal é começar-se a falar do fim de ciclo (como já se fez com a selecção masculina de sub 21 de Rui Jorge). E já devem existir vários técnicos "gulosos" preparados para o "render da guarda" do Francisco...

Mas olhando para todo o percurso destas duas selecções, onde a imagem que ficou, foi da existência de equipas técnicas de grande qualidade, técnica e humana, o normal (isto, se fossemos um país normal....) seria que fossem Francisco Neto e Rui Jorge a decidir o seu futuro e não terceiros, como acontece no futebol. Futebol que faz gala em ser "traiçoeiro" e "ingrato" (tal como as dezenas de jornalistas e comentadores deste tempo, com lata para dizer uma coisa hoje e o seu contrário amanhã...).

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


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