quinta-feira, novembro 14, 2024

Quando se "mostra (quase) tudo", fica sempre pouca coisa para esconder...


Basta andar na rua, para ver que um dos usos do smartphone é o "auto-retrato", é normal vermos as miúdas passarem o tempo a olharem-se ao "espelho", através das câmaras deste pequeno rectângulo, que tem sido ainda mais revolucionário, que a televisão quando apareceu, no final dos anos cinquenta.

Foi esta imagem que me fez pensar, neste tempo em que se "mostra tudo", mas que também dá espaço para todo o género de "ficções". Sim, oferece a possibilidade de se jogar vezes demais às escondidas, mentir (aliás fugir da realidade, talvez seja mais certo...), é mais normal que nos tempos da minha adolescência.

Claro que é um tempo de riscos, destapa-se de um lado e tapa-se de outro. Claro que ao "tapar", há sempre algo que fica à vista, que fica de fora...

São os riscos da exposição excessiva, algo que antes só acontecia com as figuras públicas quer gostavam de ser capa das revistas "cor de rosa". Agora está a banalizar-se. 

E tudo indica que todas estas "ficções" irão piorar, com as inúmeras possibilidades oferecidas pela "inteligência artificial"...

(Fotografia de Luís Eme - Alcochete)


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