Reparo também que são mais as vezes que estou de acordo, que em desacordo, com a meia-dúzia de amigos, cuja amizade dura há bem mais de duas décadas. Talvez seja também por isso que continuamos amigos...
Não, não é por isso. Normalmente quando estamos em desacordo, não nos chateamos uns com os outros (claro que existe uma excepção, mas serve apenas para confirmar a regra...).
Mas vamos lá às tais "diferenças", que os donos dos canais de notícias fingem não perceber. A rádio, por emitir 24 horas por dia, sempre teve necessidade de repetir e actualizar as notícias, hora a hora. Como as vozes não trazem imagens coladas, não têm o mesmo efeito dentro de nós que o "pequeno ecrã". O serviços noticiosos televisivos vão muito mais longe (e cada vez mais longe...), estão horas e dias seguidos a transmitir a mesma notícia, a mostrar as mesmas imagens, a repetir os mesmos comentários, ditos por uma lista cada vez mais comprida de "tudólogos".
A coisa torna-se tão doentia, que só se podem fazer três coisas: mudar de canal, desligar a televisão, ou então, ficar preso aos dramas do mundo, como se estes não passassem de "telenovelas"...
Estivemos todos de acordo - sem excepções para confirmarem regras -, que é esta aposta na transmissão de notícias com o "guião" telenovelesco, que está a banalizar todos estes acontecimentos gravíssimos, que acontecem diariamente, especialmente os mortais na Palestina, no Líbano e na Ucrânia.
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
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