Nesses tempos conturbados os fascistas - disfarçados de democratas conservadores -, andavam mais entretidos a incendiar sedes do PCP e a serem protagonistas de ataques bombistas, em toda a região Norte (alguns dos quais mortais), que em preparar golpes militares democráticos.
Claro que, dia após dia, iam sonhando com a possibilidade de voltar ao poder, apostando em dividir o território português ao meio, ficando com todo o Norte do Tejo (como se a democracia não tivesse atravessado o rio...), porque o presente fazia-lhes doer. Gostavam era do país dos pobrezinhos e coitadinhos, a quem davam esmolas, para onde caminhamos, há mais de uma década...
Voltando ao 25 de Novembro, foi um golpe militar democrático, protagonizado pelo "Grupo dos Nove" (liderado por Vasco Lourenço e Melo Antunes) e pelo Presidente da República, Costa Gomes, com o apoio efectivo do PS, por intermédio de Mário Soares, que esteve sempre na primeira linha deste combate pela democracia (ao contrário dos representantes do PSD e do CDS, que hoje querem ser protagonistas...). Este golpe pretendia acabar com os excessos esquerdistas, que estavam a tornar o país ingovernável e a dividir cada vez mais os militares.
Felizmente foi uma acção militar bem sucedida, quase sem sangue derramado, que teve Ramalho Eanes como o seu comandante operacional.
É preciso dizer que, esta comemoração, não passa de mais uma farsa, de uma direita que tenta alterar a história, como se isso fosse possível.
E claro, também quer voltar ao "passado". Mas isso depende de todos nós e não apenas deles...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Como diz a cantiga: - Não passarás!
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