Apesar de todas as mudanças económicas e sociais que têm transformado a nossa sociedade, ainda se sente que a história das localidades têm uma influência directa no comportamento das pessoas. Ou seja, uma cidade que tem como principal actividade económica o comércio, será sempre diferente de uma localidade com profundas raízes industriais, seja em Portugal ou na China. E, obviamente, a mentalidade das pessoas também será diferente.
Mas não sei até quando é que será possível compor estes "retratos"...
Digo isto por que nos tempos que correm, as localidades começam ser mais difíceis de caracterizar. O comércio mudou completamente (está quase tudo centralizado nas grandes superfícies comerciais, esvaziando o coração das cidades...) . E a industria também vive num outro paradigma (quase toda ela é mecanizada e não emprega milhares e milhares de pessoas como noutros tempos...).
Poderei mesmo dar o exemplo das minhas cidades (Caldas da Rainha e Almada). A primeira tinha no comércio o seu grande alicerce socioeconómico, a segunda tinha profundas raízes industriais (no sector naval e corticeiro). Ambas vivem hoje tempos de grande indefinição, que poderão provocar inclusive "crises de identidade", num futuro próximo.
Só não sei é se se há espaço para vivermos quase exclusivamente de serviços e de turismo, de Norte a Sul do País...
(Fotografia de Luís Eme - Seixal)
O Barreiro está na mesma. Resta-nos viver do turismo, ou de recordações. As desvantagens do progresso.
ResponderEliminarAbraço e bom fim-de-semana
Provavelmente é todo o país que está assim, Elvira...
Eliminar