A discussão em torno do "sermos ou não racistas", tem oferecido opiniões para todos os gostos.
Claro que somos um povo racista, e muito mais. Somos racistas, preconceituosos, machistas, feministas, classicistas, entre tantas outras coisas, pelo menos, sempre que nos dá jeito. Tal como os povos da maior parte dos países do mundo.
Mas o pior de todos os defeitos da nossa sociedade, é a pretensa superioridade social. Superioridade que assenta em coisas obtusas como o nome de família, o dinheiro que temos na carteira, a roupa que vestimos, o carro onde nos transportamos ou a casa onde vivemos.
E somos tão pobres (até de espírito...), vítimas de tantas desigualdades, que a nossa grande aspiração (socialmente legítima...), é um dia sermos ricos...
Claro que esta "superioridade social" é quase sempre um artifício enganador, cuja aparência esconde as "misérias humanas" do costume, alimentadas sobretudo pelos jogos de mentiras e dívidas, que vão da mercearia do bairro aos bancos do costume.
Já vi um pouco de tudo isto, graças ao meu trabalho de investigador, entre o jornalismo e a história. Desde familiares falidos de antigos ministros de Salazar, que em pleno século XXI, ainda defendem uma espécie de "monarquia" (que infelizmente ainda se pratica em muitos sectores da nossa sociedade...), com a passagem dos cargos de pais para filhos, aos "novos ricos", preparados para comprar tudo o que lhes vem à cabeça - quase sempre com dinheiro sujo - menos carácter e dignidade (que além de não terem preço, são grandes empecilhos para os seus sonhos)...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
É isso mesmo e nos jornais e nas redes sociais é o que mais se sabe e vê!
ResponderEliminarAbraço
Pois, Rosa...
Eliminar