Estava a acabar de montar uma exposição sobre banda desenhada e como a porta da galeria estava aberta, acabou por entrar o primeiro visitante.
Cumprimentámos-nos e ele, curioso, começou a olhar as capas históricas expostas, disse-lhe que a inauguração era só amanhã. Ele fechou logo o olhar, desculpando-se que sim, via tudo amanhã...
Claro que estava a brincar. Tive todo o gosto que ele fosse a primeira pessoa a ver a exposição.
Claro que estava a brincar. Tive todo o gosto que ele fosse a primeira pessoa a ver a exposição.
Por sermos de gerações diferentes, ele recordava-se de o "Cavaleiro Andante", "O Faísca", o "Mosquito", eu era mais do tempo do "Falcão", do "Mundo de Aventuras ou do "Jornal do Cuto".
Mas a banda desenhada fazia parte, não só do nosso imaginário. mas também na aprendizagem da leitura, através das histórias de aventuras aos quadradinhos.
Isso acontecia porque o livro era um "objecto de luxo", só depois da Revolução de Abril é que se caminhou para a sua democratização...
Antes de partir este companheiro ainda comentou a realidade actual, com a saída de dezenas de livros diariamente, o que complica bastante a nossa escolha. Eu respondi que tinjamos de nos fixar nos autores que gostamos...
(Fotografia de Luís Eme)
Aí está uma coisa a que nunca tive acesso.
ResponderEliminarAbraço e bom fim de semana
Eu li muita banda desenhada na infância e adolescência, Elvira. :)
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