sexta-feira, maio 25, 2018

É Tão Bom Termos a Liberdade de Escolher...


O texto de ontem, assim como o de hoje, são fruto de uma conversa sobre este nosso país com dois amigos (e ainda não tínhamos visto a fraca figura do "morto-vivo", que foi primeiro-ministro e presidente da república, na televisão, a comentar a "gravidade" da aprovação da eutanásia...).

Estivemos de acordo, não só em relação ao "espelho salazarento", mas também na forma conservadora como a igreja católica tenta condicionar os nossos dias, como acontece agora com a Eutanásia e aconteceu com o Aborto, e com tantos outros temas, chamados "fracturantes".

Sabemos que, se há alguém com responsabilidades de ainda sermos o país do "caciquismo local" e das "virtudes públicas e dos vícios privados" é o catolicismo, que reina entre nós desde o principio da nacionalidade.

Desde a meninice que me faz confusão ver os cardeais, bispos, padres e sacristães, do lado dos mais fortes, ao contrário de Jesus, o seu mártir, que morreu crucificado. Ele sim, foi um exemplo para todos nós, pela forma como ajudava os mais necessitados e também os mais injustiçados, segundo rezam as lendas inscritas nos livros mais novos do testamento...

Voltando à nossa conversa, gostávamos que as pessoas pudessem escolher, livremente, e sem qualquer  tipo de condicionalismo: o direito de vivermos até ao fim... ou o direito a morrermos com a dignidade que desejarmos.

(Fotografia de uma campanha publicitária da Benneton, dos anos 1990, de autor desconhecido)

2 comentários:

  1. Eu gostava sobretudo que fosse dado às pessoas uma melhor saúde, especialmente em cuidados continuados. Não sou contra a Eutanásia, mas confesso que tenho um bocado de medo da forma como poderá ser interpretada essa lei, e depois de ter lido ontem no sábado o Dr. Jara que eu conheci muito bem, (frequentei regularmente o seu consultório psiquiátrico durante 8 anos com meu filho,) ainda fiquei com mais dúvidas. E recordo uma altura em que minha mãe estava há mais de um mês em coma no hospital do Barreiro, e numa sexta feira a médica me disse que a minha mãe, estava por horas, e que eu devia avisar a restante família se quisesse despedir-se dela para o fazerem na visita desse dia. Chamei os meus irmãos e com o meu pai e os netos, todos foram nesse dia despedir-se dela durante a visita. Esperámos durante horas com o telefonema a comunicar-nos o seu falecimento, e no dia seguinte à hora da visita fomos encontrá-la sentada a ver os farrapos de neve que caíam.
    Um abraço e resto de bom domingo

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    1. Nem sei o que dizer, Elvira, com o episódio que se passou com a sua mãe...

      Mas temos de pensar, nos "seres vegetativos", sem recuperação e qualidade de vida, ou nas pessoas que sofrem de dores inimagináveis, sem qualquer tipo de melhoria...

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