Há muito mais gente a falar sozinha do que parece. E não estou a falar dos "maluquinhos" das ruas e dos transportes públicos, que discursam para toda a gente e para ninguém, naquilo que começa por ser um número e depois vai-se tornando definitivo. Muitos menos dos criadores que gostam de falar com a sombra (eu sou um deles...) e até são capazes de dizer bom dia às calçadas da rua...
Falo das pessoas que vivem sozinhas. Sem um periquito, um gato ou um cão, para mandarem aquela, e também à outra parte. Habituam-se a falar com as fotografias, com os pratos, com os talheres e até com as roupas que guardam no roupeiro. Ou seja, falam com tudo o que lhes cheira a gente...
Nestes casos penso que falar com estes objectos é um exercício diário de sanidade...
(Fotografia de Gérard Castello Lopes)
Luís, nem tem que ver apenas com a condição de viver só. Faço-o desde muito miúda e até não sou filha única. Mas sempre tive amigos, pessoas várias, imaginárias.
ResponderEliminarEstá muito associado à introspecção e a solidão ajuda, sim.
Tem um lado positivo de ser um bom exercício.
(e esta, a Isabel é do meu clube?)
EliminarOlá Luís. Finalmente estou a comentar!
ResponderEliminarE é mesmo assim como escreves...
Que bom, Clara.
EliminarAlém de leitora agora também é comentadora. :)
Também gosto de falar sozinha e graças a Deus não por solidão. Mas quando estou só em casa, gosto de ouvir os meus próprios pensamentos.
ResponderEliminarAbraço
Eu também, e até na rua, Elvira. :)
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