Quando iniciámos o novo milénio surgiu uma tendência estranha, de antecipar o fim de coisas que sempre me pareceram morar numa praceta perto da rua da eternidade.
A História foi a primeira morte a ser anunciada, como se tal fosse possível...
Mas houve mais tentações. Com o piscar de olhos da era digital, anunciaram a morte do livro. Mas houve quem quisesse ir mais longe e dissesse que o livro se continuava a recomendar, o que estava nas ruas da amargura era o leitor...
Para que não pensem que estou a inventar vou transcrever o que a Clara Ferreira Alves escreveu na "Revista Expresso", de 11 de Julho de 1998:
«Nunca tive dúvidas de que não era o livro que estava a morrer, ou sequer o romance. Sempre haverá gente suficiente no mundo com tendência para a auto-expressão e para pensar que alguém quer desvendar os segredos da arte. O que está a morrer é o leitor, como muito bem conclui David Remnick no número de Verão da revista "The New Yorker".»
Passados dezoito anos e alguns meses, acrescento apenas que, quer os livros quer os leitores, continuam de boa saúde...
(Óleo de Alexander Deineka)
E talvez melhorem no futuro. Minha neta faz 8 anos no próximo sábado. Está no segundo ano. E desde que começaram a ler, a professora vai com eles à biblioteca, para que cada um escolha um livro. Levam-no para casa e na semana seguinte, têm um dia, salvo erro é à quarta-feira, que a professora interroga cada um dos miúdos sobre a história que leram, o que ela lhes passou etc. etc.
ResponderEliminarPenso que isso incentiva as crianças a ler, o que me leva a pensar que no futuro elas se interessarão mais em fazê-lo
Um abraço e bom fim de semana
Penso que sim, Elvira.
EliminarSe há coisas que não se esquecem pela vida fora é o prazer da leitura...
E recomendam-se :)
ResponderEliminarBeijinhos
Sim, Rita. :)
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