Às vezes precisamos que alguém nos diga apenas o que pensa, sobre isto e aquilo. Sem nada na manga.
Acho que foi isso que fez com que a Rita fingisse que queria beber comigo um último café em 2016. Até apanhou o cacilheiro e veio à terra de encanto do "Xico Maravilhas", para trocar umas prosas.
Embora ela já tivesse decidido o que fazer com a proposta de trabalho, tentadora e perigosa, que recebera, queria saber a minha opinião. Se eu achava, bem, mal ou assim assim, o que ela já decidira. Devo ser dos piores conselheiros, por achar que estas decisões são sempre muito pessoais.
Mesmo assim penso que ela escolheu o melhor. Preferiu continuar no certo e quase sempre agradável, sem se deixar levar pela meia dúzia de euros a mais no final do mês. E não digo isso por vivermos no tempo das incertezas.
Ela não gostou de "tantas promessas". Eu também não tinha gostado...
Lembrei-lhe que podíamos ser polícias (e eu até estive perto, um ano qualquer...), pois ambos temos faro para "vigaristas".
Ela disse que sim. Recordou com um sorriso algumas cenas em que trocámos sinais com os olhos, quando recebemos a visita de "vendedores de banha da cobra".
(Fotografia de Luís Eme)
imaginando a cena...promessa de salário maior, prémios etc e tal e depois...salários em atraso, prémios que não há etc e tal.
ResponderEliminara Rita fez muito bem.
a foto está espectacular...tenho uma parecida, mas sem esta qualidade.
parabéns pelo texto e pela foto.
beijo
:)
A sabedoria popular diz-nos que quando a esmola é muita o pobre desconfia, Piedade. :)
EliminarÉ sempre um risco quando se troca o certo pelo incerto. É como diz o povo. Vale mais um pássaro na mão, que dois a voar.
ResponderEliminarUm abraço
Nem sempre, Elvira.
EliminarO mais importante é sentirmo-nos bem onde estamos.