terça-feira, agosto 12, 2025

As praias privadas, e as outras, que são só para quem as conhece...


Este ano notei que a minha praia dos últimos quinze anos (a Praia do Cabeço, sem vigilância e concessionário...), está a perder qualidades. Começou a ser descoberta e já não tem aquele aspecto de "paraíso", com muito mais areia que chapéus e pessoas.

Sorri, ao pensar nos "condes da Comporta", que sabem que o dinheiro compra quase tudo, ao ponto de terem o privilégio de ter praias apenas para eles, a família e os amigos.

A falta de acessos vai continuar, porque há muito tempo que o "povo" perdeu aquela "batalha de Tróia", que se prolonga desta bonita praia até Melides. Os preços dos bilhetes dos ferrys que fazem a travessia entre Setúbal e a Margem Sul (aposto que nenhum ricaço de Tróia lhe chama isso...) e os obstáculos pouco naturais, que dificultam a chegada ao mar, são um bom exemplo de quem quer praias sem a presença dos "outros"...

Curiosamente, em nenhum momento quis ter "uma praia só para mim", até por saber que isso é possível, lá para Outubro. 

Claro que dispensava a companhia tão próxima dos espanhóis que falam pelos cotovelos e parecem ter um autofalante na boca. Apesar de terem quase toda a praia para eles, gostam de colocar o chapéu a menos de cinco metros de quem preferia estar por ali, sossegado, a ler e a ouvir apenas as ondas do mar...

(Fotografia de Luís Eme - Algarve) 

Nota: primeira das minhas "crónicas algarvias".


2 comentários:

  1. As praias mais desertas são normalmente de difícil acesso, o que condiciona os mais velhos e os mais novos com crianças pequenas.
    Já estive no Algarve em outubro e é uma maravilha.
    Os espanhóis conseguem ser tão barulhentos como os africanos! 😀

    Abraço

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    1. Os africanos (e os brasileiros) acrescentam a dança às palavras, Rosa. :)

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