Fiquei a pensar, que, mesmo vivendo sempre na cidade, tinha muito presente dentro de mim, todo o espaço rural. A aldeia, as fazendas e toda aquela outra forma de vida, diferente, artesanal em quase tudo, continuavam vivas, sem que eu conseguisse encontrar uma explicação para isso, até por na época, não gostar nada daquilo (desde o trabalho duro à própria gastronomia, que o meu irmão adorava. Ainda hoje diz que gostava mais da comida da avó que da mãe, ao contrário de mim...).
Claro que sei que tudo isso se deve à minha vivência, desde a infância, na casa dos avós maternos. Uma boa parte das férias grandes eram passadas lá... Mas também percebo que há coisas que fazem parte de nós (desde sempre, mesmo que não se dê por isso...), que tanto podem já ter nascido connosco, como terem sido adquiridas, sem nos apercebermos. Até porque existem vários estudos no campo da psicologia e da psiquiatria, que explicam que o que se viveu na infância, é essencial para o resto das nossas vidas...
O que sei, é que mesmo sendo, naturalmente, urbano, há uma parte rural muito importante dentro de mim. É ela que determina que goste tanto do contacto com a natureza, que pudesse viver com facilidade sem o conforto das cidades. E claro, tenha tantas memórias dos campos...
Parece contraditório, mas não é. Nós somos sempre mais que uma coisa.
Mesmo que saiba que não é verdade, fico por vezes com a sensação de que aprendi mais coisas, durante estes curtos períodos de férias, que na escola...
(Fotografia de Luís Eme - Monte de Caparica)
Ainda esta noite, em sonhos, estive na aldeia dos meus avós maternos onde passava muito tempo das minhas férias.
ResponderEliminarRevi os muros de pedra, os campos com vacas e ovelhas a pastar e os primos, meus companheiros de brincadeira, em pleno PNSAC!
A que propósito teria tido este sonho?
Abraço
Pois... Os sonhos são apenas mais uma coisa que não controlamos, Rosa. :)
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