Penso que não, mas ainda é cedo para se perceber, se o PSD consegue tirar alguns dividendos políticos, ao usar as mesmas "bandeiras" que o Chega usa, em relação à segurança e à imigração.
Curiosamente, a par desta radicalização da sua prática política, o governo escolheu a palavra "moderação", para o combate político contra o PS, que está a ser usada pelo primeiro-ministro, pelo alcaide de Lisboa e por vários comentadores ao seu serviço, na tentativa de transformar os socialistas nuns perigosos "radicais".
Claro que isto só pode ter o dedo e a imaginação da agência de comunicação do governo.
É apenas mais uma manobra de simplificação dos discursos políticos, que tem como objectivo espalhar a falsa "novidade", de que nós somos os "bons" e os outros os "maus".
Só que não bate "a bota com a perdigota". Não se pode ser moderado e radical ao mesmo tempo.
Talvez seja mais uma percepção deste governo, que acredita que pode criar realidades paralelas, ao mesmo tempo que simplifica, ainda mais, o dicionário "politiquês"...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Sem comentários:
Enviar um comentário