domingo, dezembro 08, 2024

A Europa não é o Oriente...


Há uma questão da qual nunca se fala, quando nos referimos às diferenças sociais, atribuídas às crenças e credos religiosos.

Estava a ver duas mães rodeadas dos filhos, a pescarem, rente ao Tejo, ainda em Cacilhas, no começo do Ginjal, com o rosto tapado com as suas "burkas" e fiquei a pensar nas crianças que as rodeavam.

Por muito que os pais insistam em "viver numa ilha", eles com toda a certeza, andam na escola, até porque é decisivo que aprendam português, para serem cidadãos como nós, para conhecerem melhor este mundo diferente que os cerca.

Será que eles acham graça a este "baile de máscaras" protagonizado diariamente pelas suas mães (sei que ainda há uma pergunta a fazer antes desta, é se estas mulheres se sentem confortáveis, quando circulam de rosto escondido, nas nossas ruas...)?

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


2 comentários:

  1. Para serem cidadãs...
    Temos ironia?

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    1. Não existe qualquer ironia.

      "Para serem cidadãos como nós", devem ter um comportamento como portugueses (falo dos miúdos que já nasceram em Portugal), respeitando as nossas tradições e hábitos.

      Não lhes faz bem nenhum, continuarem a viver como se estivessem nas Índias...

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