segunda-feira, dezembro 09, 2024

A arte de "roubar" rostos e corpos de pessoas dentro das fotografias...


Um amigo chamou-me a atenção para o "excessivo" cuidado que eu tive com a publicação da imagem de ontem.

Disse-lhe que não houve nada de excessivo. Embora o "direito à imagem" proteja as crianças (cortei o bebé que estava no carrinho...) e as pessoas que estejam no espaço público em situações de fragilidade (e muito bem), que não era o caso. 

Tirei três fotografias a este grupo de mães e filhos. Esta era a mais discreta, mas também a que se via bem, as senhoras com a cana de pesca na mão. Achei este o aspecto mais curioso, elas estarem à pesca mesmo junto ao cais dos cacilheiros (que até é um dos lugares mais poluídos de Cacilhas à beira rio...), onde existem tainhas aos magotes.

Há muita gente que não gosta de ser fotografado, mas é impossível que isso não aconteça, nos dias de hoje. Quando estamos a querer tirar uma fotografia a qualquer monumento ou lugar especial, há sempre alguém que nos diz que os humanos também fazem parte da paisagem... 

Acho que foi "esta realidade" que me fez perder qualquer pudor, em relação ao tirar fotografias a pessoas no espaço público, mesmo que as tente apanhar de lado ou detrás, para que possam ser uma pessoa qualquer...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


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