quinta-feira, julho 13, 2023

O mau uso que se dá às palavras dos outros...


Nem sei se a palavra "incómodo" é a mais indicada, quando me falam de uma história mal contada, ou aliás, mais inventada que próximo da realidade, ou de um texto usado por outras pessoas, como se fosse da sua autoria (também já aconteceu com dois ou três textos meus...).

Sei que não me chateio muito com isso (os ditadores têm razão sobre a ignorância e o desconhecimento, poupa-nos uma série de trabalhos...), embora assuma que muitos desses "casos e casinhos" me tenham afastado de vez das redes sociais e façam com que não tenha nenhuma conta do facebook, instagram ou tik-tok.

Claro que não foram as redes sociais  que criaram os burlões, os mentirosos e os plagiadores. Apenas lhes ofereceram um "caminho" mais fácil para circularem à sua vontade.

Pode ser pouco, mas mesmo assim continuo a pensar que temos uma enorme dificuldade em nos enganarmos a nós próprios. Por mais disfarces que usemos, a nossa "maldita consciência" deve no mínimo fazer com que tenhamos de dar umas voltas a mais na cama...

Lá estou eu! Começo a escrever e "viro o jogo". Não era bem sobre isto que queria escrever. 

A minha ideia inicial era falar da deturpação que se faz das palavras dos outros e não do "roubo". 

Até porque os nossos poetas maiores - Sophia de Melo Breyner Andresen e Fernando Pessoa - são as grandes vítimas destes "enganos", com a colocação da sua assinatura em versos que nunca escreveram, ou ainda, na substituição de algumas palavras, apenas porque sim...

Como de costume, podemos culpar o "mundo imperfeito", mesmo que ele tenha muito pouca culpa das "trafulhices e disparates" humanos...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


2 comentários:

  1. Assumir a responsabilidade por isto ou aquilo é difícil para muitas pessoas.

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    1. É verdade, sempre fomos um país de cobardes e bufos, Catarina.

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