sábado, julho 01, 2023

É por estas e por outras que farto de me dizer a mim mesmo, que a vida é uma coisa muito estranha...


À medida que vamos entrando para o clube dos "usados", vamos perdendo energia e ganhando ao mesmo tempo alguma preguiça.

É por isso que quando os dias se tornam bastante produtivos, até somos capazes de estranhar.

Claro que o problema não é apenas nosso. A partir de uma certa idade, começa a ser mais difícil traçarmos objectivos e ter metas onde chegar, porque há duas ou três portas que se vão fechando, sem se perceber muito bem porquê.

É por estas e por outras que farto de me dizer a mim mesmo, que a vida é uma coisa muita estranha...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


8 comentários:

  1. A primeira coisa que notei é que nenhum dos ciclistas tem capacete!!!
    Isso é que é bastante estranho!

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    1. Em Lisboa não é, Catarina.

      Uma boa parte dos viajantes de bicicleta e trotinete anda sem capacete (e parece que já saiu legislação sobre isso...).

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    2. marsupilami02/07/23, 12:02

      Concordo. A falta de civismo dos ciclistas e dos "trotinetes" manifesta-se de múltiplas maneiras, esta é mais uma das menos graves. Verdade seja dita que quando vivi na Alemanha também se circulava muito sem capacete; eu incluído, confesso. Mas não se via nenhum a circular nos passeios, toda a gente andava nas pistas (sempre que estas existiam) e sobretudo todos obedeciam rigorosamente aos sinais de trânsito.

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  2. Bom dia
    É a mais pura das verdades.
    Eu que já entrei para esse clube e a realidade é que já se me fecharam algumas portas .

    JR

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    1. Boa, Joaquim, comentou as minhas palavras. Os outros comentaram a fotografia. :)

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  3. Quando li os comentários a este post no meu email, vim de novo lê-lo e confirmei que pertenço ao grupo de “os outros”. Por lapso.
    Lembro-me de ter comentado sobre “as tuas palavras”, mas o que devia ter acontecido é que não copiei e colei o resto do meu comentário. É que devido aos acentos em português, escrevo no word e depois é que copio para a caixa de comentários. Já tem acontecido.
    Não me recordo exatamente o que escrevi, mas foi mais ou menos isto. A energia – se não tivermos cuidado, não fazendo exercícios físicos e mentais todos os dias – vai diminuindo à medida que os anos vão passando; consequentemente, não se pode parar. Quanto às portas que se fecham, outras abrirão com outras oportunidades que podem ser bastante gratificantes na fase “mais matura”.
    Agora o que não me recordo de ter feito, e faço-o agora, é referir-me ao termo “usado”. Um termo com uma conotação mais que negativa, Luis! : ) É mesmo dar ênfase ao que se “perde” com a idade e não ao que se “ganha” neste processo.
    Dizem os estudiosos na matéria, que se a pessoas focarem no aspeto positivo do envelhecimento, há grande possibilidade de viverem muitos mais anos.
    Pessoalmente, nunca me defini – em fase nenhuma - pelo calendário, excetuando em casos que requerem a data oficial, evidentemente!

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    1. Mas eu também na me defino dessa forma, Catarina.

      Mas a sociedade não perdoa a chamada "peste grisalha".

      O nosso país não sai da cepa torta por gostar de tratar as pessoas com mais de cinquenta anos como "inúteis"...

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    2. O cabelo grisalho continua a ser um elemento de discriminação entre homens e mulheres, o que é totalmente B.S. Uma mulher de cabelo branco é considerada “velha” (até a minha mãe detestava o termo; hoje não tem a noção do que isso significa) e o homem, distinto!! Please, give me a break!!! : )
      Durante a pandemia, uma jornalista e pivô, muito conceituada, de um dos maiores canais televisivos canadianos, assumiu o cabelo grisalho. Foi despedida no ano passado com 58 anos. Foi um escândalo, badalado em todo o mundo civilizado. : ) O VP do Dept de Notícias, que a tinha demitido, foi também demitido do cargo pouco tempo depois. Mas parece que continua a trabalhar noutra empresa, cujo proprietário é o mesmo do canal de televisão.
      Noutros tipos de trabalho, as pessoas não são despedidas devido à sua idade, nem devido à cor do seu cabelo...
      De uma maneira geral, os canadianos mais velhos continuam ativos no mercado de trabalho. Muitos continuam a trabalhar para além dos 65 anos, idade em que se podem reformar. Portanto, a taxa de participação dos chamados seniores é relativamente alta, mas, em comparação com outros países ainda há muito que melhorar. Evidentemente, há idosos que começam a enfrentar alguns (ou muitos) desafios que os impendem de continuar ou reingressar no mercado de trabalho. Nada a ver com a idade do calendário. : )

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