Hoje ao ler uma crónica de revista, voltei a experimentar a sensação que conhecia a autora, mesmo sem nunca a ter visto.
O pai era meu amigo e costumava falar-me dela, há quase trinta anos. A vida era tudo menos fácil para eles. Sabia-o pelos desabafos deste meu companheiro do mundo dos jornais e dos livros, que não só me contava alguns episódios do seu quotidiano, como até era capaz de me pedir conselhos, a mim, que era praticamente da geração da filhota (hoje percebo que isso devia acontecer por isso mesmo, talvez ele achasse que eu a poderia "descodificar" e tornar a sua relação mais próxima...).
Voltei a estar sentado no café com ele, a fumar os seus cigarros, enquanto falávamos das coisas de que gostávamos, como o futebol ou o cinema. Mas também das outras, que nos trocavam as voltas...
Voltando à rapariga, gostei das suas palavras e lembrei-me que o pai nunca me mostrara uma fotografia dela. Não sei muito bem porquê, mas ela para mim era pequena e usava cabelo à rapazinho... Provavelmente tive uma ou outra pista para fazer este "boneco"...
O que uma crónica nos faz...
(Óleo de Paul Swan)
é linda, a imagem.
ResponderEliminarE eu ainda hoje não sei se a filha do meu amigo é gira, Laura. :)
EliminarGostei
ResponderEliminarUm abraço e bom fim-de-semana
Bom fim de semana, Elvira.
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