Estou a ler um livro que tem tanto de curioso como de estimulante ("A Sétima Função da Linguagem - Quem matou Roland Barthes?", de Laurent Binet), que me tem feito pensar sobre várias coisas, inclusive sobre esta coisa que é o escrever.
Vou transcrever essa parte:
«Roland Barthes mostrou é que no fundo uma obra literária tem três níveis; há a língua - Racine escreve em francês, Shakespeare escreve em inglês, essa é a língua - há o estilo; esse é o resultado da sua técnica, do seu talento, mas entre o estilo - voluntário, pois controlamo-lo - e a língua! Há um terceiro nível que é; a escrita. E a escrita, dizia ele, é o lugar... do politico, no sentido lato, ou seja, a escrita é aquilo mediante a qual ele se exprime, mesmo se o escritor não é disso consciente, o que ele é socialmente, a sua cultura, a sua origem, a sua classe social, a sociedade que o rodeia...»
Concordo com Barthes, penso que estas três divisões definem o essencial do que deve ser um fazedor de livros.
(Óleo de Costa Pinheiro)
Um livro que vou gostar de ler.
ResponderEliminarUma boa semana, Luís.
Um abraço.
Vais sim, Graça.
EliminarEu estou a gostar. :)