segunda-feira, junho 19, 2017

As Reacções à Tragédia do Distrito de Leiria

Sem poder dizer se isso é bom ou mau (pelo menos parece-me positivo), estou surpreendido com algumas das reacções à grande tragédia que atingiu os concelhos de Pedrogão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.  

O que mais estranhei até ao momento foi a contenção da "direita" que foi governo antes da "gerigonça", por normalmente serem bons a "jogar baixo", ao ponto de culparem os sucessores  por erros próprios (cometidos quando governavam). Provavelmente fizeram-no a pensar nas últimas sondagens (cada vez mais baixas...) e não por qualquer coisa parecida com sentido de estado ou respeito pelas vitimas.

Mesmo os comentadores ultra liberais não trouxeram muitas achas para a fogueira. Criticaram as palavras "conciliadoras" e quase "conclusivas"  do Presidente da República - com razão, até por se saber muito pouco sobre o que aconteceu... -, que mais uma vez falou demais... E também questionaram - mais uma vez, bem - o não fecho atempadamente das vias rodoviárias atingidas pelo incêndio, com os resultados que todos sabemos... 

Sem se apontar dedos, a quem quer que seja, acho que é importante abordar tudo aquilo que não correu bem (neste e noutros incêndios), e fazer-se mesmo alguma coisa, para que uma tragédia destas dimensões não volte a acontecer. Se nos limitarmos a culpar a "trovoada seca" e a "assobiar para o lado", um dia destes já não há árvores para arderem (nem mesmo eucaliptos...) neste nosso canto, demasiado quente para o meu gosto. 

Sem querer ser "moralista", sei que todos temos de mudar de atitude. Vivermos melhor ou pior, depende cada vez mais da forma como nos relacionamos com a Natureza. E é já hoje, não temos tempo para esperar por amanhã... 

(Fotografia de Miguel A. Lopes - retirada do site do "D. Notícias")

4 comentários:

  1. Quando a tragédia é tão grande, as palavras sobram.
    Abraço

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    1. Sobram só para alguns, Elvira.

      Há quem ainda não tenha parado de falar, desde a tarde do incêndio.

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  2. Urge que os governantes reaprendam que "Prevenir é melhor que remediar". É óbvio que se tivessem praticado essa comezinha lição talvez os danos e as dores fossem infinitamente menores.
    Forte abraço,

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    1. Claro que seriam, José Carlos.

      Só o pormenor das árvores estarem em cima da estrada (quando por lei deviam estar a dez metros da sua berma...), evitaria todas estas mortes.

      E não falo no resto, das matas que continuam a não ser limpas, nem mesmo as próximas e dentro das povoações...

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