Todos mentimos, uns mais que outros, claro. Quem não faz da mentira um "acto de fé", utiliza-a quase sempre para evitar chatices, entre outros males maiores (o que nem sempre se consegue...).
Claro que depois existem os outros, uns fulanos quase profissionais, que sabem que podem mentir à vontade, porque não lhes vai cair dente nenhum. Falámos deles hoje durante o almoço.
Tudo porque um acontecimento histórico saltou para a mesa, cansado de ser deturpado pela acção de dois ou três mentirosos. Senti que era o menos preocupado com o caso, por saber da existência de vários documentos credíveis que desmontavam facilmente a mentira em questão.
Mas a grande questão, era o porquê desta insistência, sem pés nem cabeça. A única explicação que encontrámos era a tese (falível) de que uma mentira muitas vezes repetida, mais tarde ou mais cedo, pode acabar por se sobrepor à verdade, num país quase "quadrado", como o nosso.
Já nem nos espanta o silêncio de quem conhece os factos e vai deixando a mentira crescer, muitas vezes apenas para não comprar uma discussão.
Só agora é que reparei que isto poderá parecer conversa de tontos. Perguntarão vocês: «Porque razão não chama os 'bois' pelos nomes?».
Porque isso é o menos importante. O que ganha importância, neste e noutros casos, é a sanha dos mentirosos. A forma decidida como se entregam a mentira. E claro, num outro plano, a cobardia da gente que parece ter medo da verdade...
A ilustração é de Loui Jover.
É verdade, Luís. Há pessoas que mentem (sem corar) e com tanta convicção que são difíceis de desmentir...
ResponderEliminarUm beijo.
são os profissionais, que muitas vezes nos obrigam a achar graça á sua veia criativa, Graça. :)
ResponderEliminarnão gosto da mentira, mas, por vezes sabe melhor ouvir a mentira, do que a verdade, quando é demasiado cruel.
ResponderEliminarmas, mesmo assim, não gosto da mentira.
:(
pois, há mentiras e mentiras, Piedade.
ResponderEliminartambém gosto de ouvir uma mentira bem imaginada. :)