sexta-feira, janeiro 03, 2025

A arte com e sem "areia nos olhos"...


Continuo a visitar exposições, sempre que posso e quando os artistas me dizem alguma coisa. Às vezes também são possíveis reencontros com alguns artistas, que nos fazem a visita guiada e com que quem se fala sobre tudo e sobre nada, seja das artes ou das vidas...

Não falámos de uma forma concreta sobre a banana e a fita isoladora cinzenta, falámos sim dos "intrujas", que se têm intrometido em tudo o que possa dar dinheiro na sociedade, inflacionando, sempre que podem os valores reais de casas, carros, jogadores da bola e obras de arte, entre outras milhentas de coisas.

Mas o mais impressionante não é transformarem qualquer vulgaridade em arte, é terem a capacidade de lucrarem com ela. Sim, não é para todos comprarem uma "banana" por dez mil euros e depois conseguirem vendê-la por vinte mil...

Pois é, convém andar com óculos por aí, nem que sejam de sol, por que vai aparecer sempre alguém, a querer atirar-nos areia para os olhos...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quinta-feira, janeiro 02, 2025

O ano que começa...


Haverá quem mude de vida, de forma radical, por várias razões. Talvez as profissionais e amorosas sejam as que mais concorrem para essa necessidade de partir, de ser e fazer, diferente...

Claro que não vão estar à espera do começo do ano, para a tal mudança de vida, por vezes demasiado urgente (é quase uma questão de sobrevivência...).

Nós não queremos fazer coisas diferentes, neste ano que começa. Queremos sim, continuar a fazer as coisas que gostamos. De preferência, melhor. E se possível, com mais prazer ainda.

Talvez tenha sido por isso que ontem mal me levantei, escrevi mais que uma página de histórias, que vão tentar furar este tempo, que se quer afirmar quase "sem história", quase sem os valores que nos tornavam mais iguais.

Também fiz um passeio solitário e fresco pela margem do Tejo, num Ginjal que nesta altura quase que nem consegue ver o Sol (o que ajuda a perceber todos aqueles que só voltavam a fazer vida no Ginjal no começo de Maio, abrindo as janelas e as portas para deitar fora a humidade que devia deixar um cheiro estranho nas divisões das casas...).

Já Cacilhas, esconde o frio e agarra o Sol com tudo o que pode, desde as mãos aos pés, para sonhar com um mundo diferente, mesmo que o bom senso continue a estar longe de ser a melhor característica humana...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)