segunda-feira, junho 21, 2021

O Jornalismo de Sarjeta e os "Grandes Educadores"...


Não escrevi nada sobre o pequeno Noah, porque sou pai e sei que só existem "pais melhores do mundo" em programas de televisão e algumas reportagens do mundo de "faz de conta".

A única coisa que sei, pelo que fui vendo e escutando, é que ele é um menino muito diferente daqueles que vivem nas cidades, rodeados de mil e um cuidados. Não tem medo da rua, do campo, da natureza e dos animais. 

E ele só é diferente porque também tem pais diferentes, daqueles que preferem oferecer aos filhos um mundo real, que não se limita apenas a quatro paredes fechadas (casa ou escola) e a uma vida teleguiada pelos audiovisuais, cada vez mais poderosos. E espero que eles possam continuar a ser diferentes, que não tenham de seguir a cartilha dos "grandes educadores".

Sei que o canal e a jornalista "criminosa" do costume, começaram logo a congeminar uma história, com a habitual invenção de réus e fantasmas. Como afinal não existiu "crime", o dito canal seguiu em frente, pouco convencido, como é costume. E também sem pedirem desculpas ou retratarem-se, como se a realidade não passasse afinal de uma grande ficção...

Talvez eles estejam certos. Os políticos que nos governam vivem da mesma forma. Esperam sempre pelo dia seguinte, e depois fingem que "não se passou nada".

Para tratarmos destes políticos temos as eleições, em relação aos jornalistas, talvez devesse existir um "Ronaldo" em cada esquina, para atirar a imensidão de microfones mentirosos que nos rodeia, para o interior dos lagos, rios ou ribeiros...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


10 comentários:

  1. Boa tarde
    Gostei dessa recordação do Ronaldo. Às vezes é preciso metelos no sítio certo

    JR

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    1. cada vez mais, Joaquim.

      A televisão tornou tudo "espectáculo". Mas as notícias deviam ser outra coisa.

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  2. Subscrevo a sua opinião.
    Abraço, saúde e uma boa semana

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  3. A única coisa que me preocupou era a hipótese de um rapto ou a queda nalgum poço, nunca me passou pela cabeça qualquer facto que incriminasse os pais.
    O seu aparecimento com vida demonstrou que as equipas de busca trabalharam afincadamente e que o miúdo foi educado para se desembaraçar perante dificuldades, é um resistente cheio de sorte.

    Abraço

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    1. Também pensei no rapto, Rosa. Por ser natural pensar que um pequenino com de menos três anos não podia ser tão ligeiro.

      Mas nunca fui pessimista, não pensei em histórias com lobos ou animais mais selvagens que os outros.

      Mas faz-me confusão a insistência neste jornalismo justiceiro, que tem de encontrar um culpado, com ou sem provas...

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  4. Este canal (com audiência por todo este Portugal absolutamente ignorante e analfabeto) é miserável.

    Quando refiro analfabeto/ignorante não me refiro cooncretamente às pessoas que mal sabem ler ou escrever.

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    1. Este canal ajuda-nos a perceber quem somos como povo, Severino. O quanto ainda nos falta crescer cultural e socialmente.

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  5. E é o que têm feito com os estudantes que morreram no Meco. Querem por força arranjar um culpado! Eram todos adultos. Se entraram no mar foi porque quiseram. Nem sequer caloiros eram! E andaram dias a dizer que os cadáveres tinham pedras amarradas aos pés. Até que apareceu um dos que encontrou um dos cadáveres que disse que não havia pedra nenhuma. Eu detesto esse canal! É vampiresco!

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    1. (tanto tempo sem responder...)

      É mesmo, Maria, transforma qualquer notícia numa novela e escolhe quem são os bons e quem são os maus...

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