quinta-feira, setembro 20, 2018

Uma Mulher Só...


Hoje nas notícias televisivas da hora de almoço vi a reportagem sobre a Empresa Corticeira de Santa Maria da Feira, que foi obrigada a reintegrar uma operária que despedira.

Já conhecia o caso através dos jornais e sabia que a senhora tinha como nova função carregar paletes de madeira, de um lugar para o outro, provavelmente com o objectivo de a reduzir a "um farrapo humano" e conseguirem que ela acabe por ir embora, pelos seus próprios pés. 

Mas esta "mulher-coragem" não é de desistir às primeiras, parece ser um "osso duro de roer" (e ainda bem)...

Infelizmente esta prática é mais comum do que parece no nosso mundo laboral.

Mas o melhor da reportagem estava guardado para o fim, com o "espectáculo" dado pelos seus colegas de trabalho, 30,  através do testemunho de uma operária e de um operário: além de a culparem por tudo o que estava a acontecer, afirmaram que os trabalhadores da fábrica estão todos do lado do patrão...

(Fotografia de Luís Eme)

4 comentários:

  1. Luís, não conhecia o caso. Fui dar uma olhada sobre o que se diz.

    Do que conheço de situações deste tipo, e que é mais a versão de arrumar a um canto ou na prateleira, convém aos lesados ser cautelosos no que se diz publicamente, para não serem apanhados na curva. Não é uma questão de medo, mas de sensatez e discernimento na avaliação do que, não podendo ser provado, pode virar-se contra os próprios. (E não estou a dizer que este princípio não está a ser seguido; não conheço o suficiente.)
    Pelo que li, dará/daria imenso jeito à entidade patronal apanhá-la em falso, como pode ser a afirmar algo que não pode ser provado. Portanto, para esperto, esperto e meio.

    Infelizmente, não estranho nadinha de nada que os colegas de trabalho tenham aquela atitude.
    Aliás, estranho pela positiva, quando sucede o contrário e quando há manifestações de solidariedade. Também noutros contextos. Mas ainda as há e aquecem-me a alma as que vou encontrando.

    Quanto ao facto de ser mulher, não me parece que neste caso faça diferença.

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    1. Pois, tens toda a razão, Isabel.

      Com esta posição dos restantes trabalhadores, este caso tem tudo para correr mal para o lado da Trabalhadora...

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  2. E enquanto os trabalhadores procedam assim, o patronato continua a fazer dos mesmos, gato-sapato.
    Abraço

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    1. Nem mais, Elvira.

      É por isso que os patrões gostam tanto de promover a desunião...

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